O Parque 3 de Febrero é o maior pulmão verde de Buenos Aires. Suas florestas, lagos, praças e passeios se estendem por 370 hectares do bairro de Palermo.
Uma das milongas mais importantes (salas para dançar tango) da história do tango foi o “Lo de Hansen”, que era o local mais popular da cidade entre 1895 e 1910 e demolido em 1912 por ordem do prefeito Anchorena, para realizar uma ampliação dos acessos ao velódromo. Estava localizado na esquina da Avenida Figueroa Alcorta e Sarmiento, onde hoje fica o Planetário.
As obras do Planetário Galileo Galilei começaram, sob a direção do arquiteto argentino Enrique Jan em 1962. A abertura definitiva para o público em geral foi realizada em 5 de abril de 1968.
Parque Tres de Febrero
Inaugurado em 11 de novembro de 1875 por iniciativa do presidente Domingo Faustino Sarmiento, o Parque Tres de Febrero, em homenagem à Batalha de Caseros de 1852, foi um projeto original dos arquitetos Ernesto Oldendorf, Fernando Mauduit e Jordan Wysocky, concluído em 1876 pelo arquiteto Jules Dormal (um dos construtores do Teatro Colón e do Congresso Nacional). As extensões subsequentes (entre 1892 e 1913) foram realizadas pelo paisagista Carlos Thays, que também projetou o Jardim Botânico.
No parque existem dois lagos artificiais que podem ser percorridos em canoa ou de bicicleta aquática. Estima-se que as florestas tenham mais de dez mil árvores, muitas das quais são tipas, eucaliptos, ombúes, etc. Dentro deste parque fica o El Rosedal, um jardim com mais de 12.000 roseiras.
Outros espaços são de uso restrito, como os campos de golfe, o Jardim Japonês e o Museu de Artes Plásticas Eduardo Sivori. Dentro do parque, você também pode encontrar áreas que dependem do governo, nas quais podemos destacar o Hipódromo de Palermo, clubes, organizações e outros espaços que foram vendidos como o Lawn Tennis Club, Tiro Federal Argentino, Club Gimnasia y Esgrima, etc.
Arquitetura e Design
Uma estrutura desafiadora, uma forma original e única na cidade e um ambiente privilegiado, fazem deste edifício uma peça única de arquitetura moderna em Buenos Aires.
O edifício é composto de três partes: a esplanada de acesso, o museu do primeiro andar e o próprio planetário que conta com uma sala circular de 20 metros de diâmetro localizada sob a cúpula.
A entrada elevada assume a forma de uma ponte que contorna a lacuna (hoje seca) sob o edifício, entre seus pés de apoio. A bilheteria e a recepção estão localizadas no hall de entrada. Subindo as escadas, você acessa o primeiro andar, cujo piso é triangular. É aqui que o Museu funciona, onde são oferecidas exposições permanentes e temporárias.
Três largas pernas curvas de concreto levam o edifício ao chão que cobrem uma distância de quase 43 metros uma da outra, dando a sensação de um navio que desembarcou no meio de uma floresta. Acima dessas pernas, um anel totalmente envidraçado circunda o edifício, que é coroado por uma grande cúpula.
O triângulo equilátero é a figura-chave em todo o edifício e tem um significado especial. Do triângulo derivam o losango, o hexágono, o tetraedro e o círculo, figuras que se desenrolam e se reproduzem por toda a arquitetura do Planetário: escritórios, paredes, móveis, o padrão dos azulejos, o anel da galeria, o estrutura hemisférica da cúpula.
O arquiteto Enrique Jan imaginou o edifício como a interseção de duas pirâmides invertidas, uma apontando para o céu, a outra na direção oposta, para baixo. Acima, a cúpula redonda com seu anel e o piso suspenso do museu. Abaixo, os escritórios e a sala das máquinas.
O Planetário de Buenos Aires espalha-se por cinco andares. Do hall de entrada é possível descer ao porão por meio da grande escada em espiral que ocupa uma posição central no térreo do edifício. No primeiro deles, há uma biblioteca especializada e escritórios administrativos. Pela mesma escada, você chega ao segundo porão, onde estão localizados o armazém, as salas de máquinas e o departamento de produção audiovisual.
Acervo do Museu
Além de cumprir suas funções como planetário, o Planetário Galileo Galilei possui uma pequena herança de colecionador que compõe um pequeno museu no próprio edifício. Entre esses objetos relacionados, todos relacionados ao mundo da astronomia, destacam-se as pequenas rochas lunares trazidas pela equipe da Apollo 11 (Foi um presente do ex-presidente dos EUA Richard Nixon), e os restos do meteorito que caiu em Campo del Cielo cerca de 4.000 anos atrás, encontrado em 1965 no estado de Chaco. Também possui o Copernican, um instrumento alemão datado de 1901.
Em 1970, o engenheiro Takutaro Yabashi, residente em Tóquio, doou um relógio de sol para a cidade de Buenos Aires, instalada em frente ao Planetário: o pedestal que o suporta foi projetado pelo arquiteto Jan.
Já do lado de fora do prédio há um lago com estátuas de Nicolás A. Ferrari, um mural sobre Nicolau Copérnico, meteoritos, um relógio de sol, entre outras coisas.
Sistema de Iluminacao LED
O novo design de iluminação foi realizado pela empresa RGB Lighting, especialista na área de embelezamento urbano, com vários projetos realizados na Argentina, Panamá, Guatemala e Equador,
No exterior substituiu-se o sistema de iluminação arquitetônica da cúpula, composto por lâmpadas Xenon instalado 15 anos atrás, por lâmpadas LED, sendo que atualmente o perfil geométrico destaca-se perfeitamente entre a natureza na noite portenha.
No final de 2010, iniciou-se um processo de renovação da estrutura interna da sala de projeção, que incluiu a substituição das placas de alumínio e o sistema de projeção de última geração e a substituição de todos os assentos, semelhantes aos encontrados nos shows 3D e 4D de classe mundial.
As novidades introduzidas em 2011 incluem um moderno sistema de vídeo chamado Full Dome, que oferece imagens de alta definição; poltronas 4D, que possibilitam maior interatividade por parte do público; e um sistema de som mais moderno.
No museu do primeiro andar foi feita uma completa revolução tecnológica que inclui um robô que interage com os visitantes, telas touch-screen com informações astronômicas, realidade virtual, simuladores 4D e jogos de realidade aumentada.
Durante 2017, em comemoração ao 50º aniversário, o edifício declarado Patrimônio Histórico e Cultural da Cidade, foi restaurado e valorizado respeitando a sua fisionomia e estética original. A partir do parque é possível aproveitar 50 metros de telas LED e um sistema de tele-gestão para que o Planetário se ilumine de forma coordenada com outros seis pontos chaves de Buenos Aires: o Obelisco, o Monumento dos Espanhóis, a Pirâmide de Mayo, a Ponte da Mulher, a Floralis, etc.
Show Full Dome
A principal sala de projeção conta com 360 poltronas reclináveis, sistema 4D, som Dolby 5.1 e nela é possível avistar mais de 8 mil estrelas, diversos planetas e satélites.
Na cúpula de 20 metros de diâmetro se reproduzem aproximadamente 8.900 estrelas, planetas e satélites do universo, graças a um imponente equipamento (único da América Latina), que contém seis projetores Sky-Scan com uma resolução de 8K, ou seja contém 38 milhões de pixels.
O planetário também organiza apresentações de documentários e shows temáticos e atividades interativas, como observar a lua com um telescópio. Além disso, oferece espetáculos para crianças, funções de observação, palestras educacionais e oficinas espaciais para crianças.
fonte:
- https://planetario.buenosaires.gob.ar/
- https://www.clarin.com/
- http://arqi.com.ar/edificio/planetario/
- https://www.lanacion.com.ar/
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