A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) reconhece 15 sítios de Patrimônio Cultural Mundial aqui no Brasil.
Hoje, outros 1.092 lugares do mundo têm o título de patrimônio mundial. Deles, 21 estão no Brasil, além do recentemente nomeado Paraty: 14 são considerados patrimônios culturais (como Brasília e os centros históricos de Ouro Preto, Salvador e Olinda, entre outros), e, sete, naturais (como a Área de Conservação do Pantanal e o Parque Nacional do Iguaçu).
- Sítios do Patrimônio Cultural: 14
- Sítios do Patrimônio Natural: 7
- Sítios do Patrimônio Misto: PARATY
8. Centro histórico de São Luís (MA) – 1997
São Luís é a única cidade do Brasil fundada por franceses e possui mais de 3 mil edificações históricas, como casarões e sobrados revestidos por azulejos portugueses, espalhados pelo seu centro histórico.

Com muitas particularidades, como traçados lineares nas ruas, com desenhos geométricos, a cidade também preserva tradições e culturais como o Bumba-Meu-Boi. As mais belas ruas do centro histórico estão próximas do mercado municipal da cidade.
A capital maranhense é uma mistura só: colonizada por franceses, ela também foi ocupada por holandeses antes da chegada definitiva do povo português. A cidade manteve-se preservada devido à estagnação econômica que sofreu no começo do século 20. Além disso, pode-se observar caminhando pelas ruas históricas a enorme coleção de azulejos portugueses, que enfeitam as fachadas e os interiores dos casarões antigos.
9. Centro histórico de Diamantina (MG) – 1999
Diamantina, então conhecida como Arraial do Tijuco, nasceu em meio às montanhas rochosas repletas de diamantes da região no século XVII.

Suas construções não são tão imponentes como em outras cidades históricas de Minas Gerais, mas a simplicidade de seu estilo arquitetônico, repleto de belíssimos exemplos barrocos, lhe concedeu o título de Patrimônio da UNESCO em 1999. Além de seu patrimônio histórico e cultural, a cidade abrigou notórios moradores, como o ex-presidente da República, Juscelino Kubitschek, e a escrava alforriada Chica da Silva.
A cidade foi edificada em montanhas rochosas que estavam repletas de diamantes, o que, na época, atraiu a atenção de garimpeiros.
As construções são mais simples e, apesar de o barroco ainda ser o estilo arquitetônico, diferem-se muito do restante das ostensivas cidades históricas mineiras. As igrejas, por exemplo, parecem-se com as casas – e muitas delas têm apenas uma torre.
10. Centro histórico de Goiás (GO) – 2001
A Cidade de Goiás ou Velho Goiás guarda muito da história viva da ocupação e colonização Brasil Central nos séculos XVIII e XIX, quando bandeirantes chegaram no estado e fundaram o povoado conhecido por Arraial de Santana, que se tornou a primeira capital do estado.

O conjunto arquitetônico formado por charmosas casinhas, igrejas e edificações em estilo europeu foi reconhecido como Patrimônio Mundial pela UNESCO em 2001, considerado único no mundo por seu estado de conservação. Entre ruelas, casarões coloniais e igrejas barrocas, você poderá mergulhar em uma rica e fascinante história sobre o cerrado brasileiro e seus personagens.
Rodeada pela Serra Dourada e cortada ao meio pelo Rio Vermelho, essa antiga capital do estado tornou-se Patrimônio da Unesco em 2001. A capacidade dos fundadores em erguer uma cidade em meio a montanhas, inspirados na arquitetura europeia, mas usando recursos locais, foi um dos motivos para a cidade ser tombada. Com a estagnação econômica que chegou com o fim do ouro e da escravidão, além da transferência da capital para Goiânia, a cidade ficou um tanto esquecida.
11. Praça de São Francisco, em São Cristóvão (SE) – 2010

A pequena cidade de São Cristóvão, no interior do Sergipe, é a quarta mais antiga do Brasil e a primeira capital do estado. A Praça de São Francisco, que recebeu o título de Patrimônio Mundial pela UNESCO em 2010, é um conjunto monumental cercado por edificações que representam o período no qual as coroas de Portugal e Espanha estiveram unidas, entre 1580 e 1640. Entre as construções mais importantes em seu entorno estão a Igreja e Convento de São Francisco, a Igreja de Nossa Senhora das Vitórias, a Igreja do Rosário dos Homens Pretos, entre outras.
O local reúne um conjunto de importantes monumentos a céu aberto. A praça é cercada por antigas construções datadas dos séculos XVIII e XIX, como a Igreja e o Convento de São Francisco, a Igreja e a Santa Casa de Misericórdia, e o Palácio Provincial.
12. Rio de Janeiro, paisagens cariocas entre a montanha e o mar (RJ) – 2012
O incrível e excepcional cenário urbano que contrasta com a natureza tornam o Rio de Janeiro uma cidade única no mundo. As paisagens formadas entre o mar e a montanha, como o Parque Nacional da Tijuca, o Jardim Botânico, o Corcovado, a Praia de Copacabana, o Aterro do Flamengo e a Baía de Guanabara receberam o título de Patrimônio Cultural da Humanidade em 2012. Todos esses elementos juntos compõe, de acordo com a UNESCO, além de belos cenários, uma atmosfera reconhecida pela inspiração artística a musicistas, paisagistas e urbanistas.

Os atrativos naturais em conjunção com o urbanismo carioca fazem do Rio de Janeiro uma das cidades mais belas do planeta. O “conjunto da obra” rende ao Rio o status de uma das cidades mais mencionadas na arte, na literatura, na música e na poesia brasileiras – um dos fatores que fez a Unesco incluir a cidade no rol dos patrimônios mundiais.
13. Conjunto Moderno da Pampulha, em Belo Horizonte (MG) – 2016
Um dos cartões postais mais visitados de Belo Horizonte, o bairro da Pampulha foi construído contornando uma lagoa artificial. Lá estão os mais belos conjuntos arquitetônicos de Belo Horizonte, sendo três deles assinados pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

A UNESCO declarou a conjunto arquitetônico como Patrimônio Cultural da Humanidade em 2016 por representar a perfeita união entre projetos contemporâneos com a natureza.
O Conjunto Arquitetônico da Pampulha foi criado em 1940, em Belo Horizonte, fruto de um projeto ambicioso do arquiteto Oscar Niemeyer e do paisagista Roberto Burle Marx, em colaboração com outros artistas, entre eles, o pintor Cândido Portinari.
O local foi tombado em 17 de julho de 2016. Desenhado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, com projeto urbanístico de Lúcio Costa, o bairro da Pampulha foi concebido por Juscelino Kubitschek em 1940, que na época era prefeito de Belo Horizonte.
As construções ficam ao redor de um lago artificial, e as mais famosas são a Igreja de São Francisco de Assis (foto), adornada com painéis do artista brasileiro Cândido Portinari, a marquise e os jardins que circundam a lagoa, a Casa do Baile e o Museu de Arte da Pampulha e pela orla trabalhada com paisagismo.
Para a Unesco, a Pampulha reflete a influência das tradições locais, o clima brasileiro e a inclusão de cenários naturais na arquitetura moderna.
14. Sítio arqueológico Cais do Valongo, no Rio de Janeiro (RJ) – 2017

O Cais do Valongo funcionava como porto de entrada de escravos africanos no Brasil. Estima-se que mais de 900 mil africanos chegaram ao país por meio dele, O local, que fica da região portuária do Rio de Janeiro, foi reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Mundial em 2017 como um registro que representa memórias de sobrevivência e luta.
As ruínas do Cais são os únicos resquícios da chegada de escravos no Brasil e lançam luz na história da escravidão no país, sendo reconhecidas pela Unesco como local de memória de eventos traumáticos e de sobrevivência.
15. Paraty e Ilha Grande (RJ)
Pela primeira vez, o Brasil teve um sítio misto, histórico e cultural, reconhecido pela UNESCO. Declarados como Patrimônio Mundial em 2019, Paraty e Ilha Grande estão em uma região que ainda preserva 85% de sua cobertura vegetal, sendo o segundo maior remanescente florestal do bioma Mata Atlântica. Além das belezas naturais, Paraty apresenta um dos conjuntos arquitetônicos coloniais mais incríveis do Brasil.

Primeiros locais brasileiros a serem considerados como Patrimônio Natural e Cultural da Humanidade, as cidades de Paraty e Ilha Grande foram reconhecidas por sua cultura e biodiversidade. O título inclui quatro zonas naturais protegidas da Mata Atlântica e o centro histórico de Paraty.
Além do valor histórico da cidade, cujo conjunto arquitetônico foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) há 61 anos, o sítio abriga comunidades indígena, quilombola e caiçara (composta de pescadores tradicionais), está tem um centro endêmico da Mata Atlântica e é rica fauna e flora e protege diversos espécimes em extinção. A região tombada inclui o Parque Nacional da Serra da Bocaina, o Parque Estadual da Ilha Grande, a Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul, e a Área de Proteção Ambiental de Cairuçu, além do Centro Histórico de Paraty e Morro da Vila Velha.
A declaração de Patrimônio Mundial traz para Paraty consequências imediatas (e requer ações imediatas). Por exemplo, o Conjunto Moderno da Pampulha recebeu o reconhecimento da Unesco em 2016. Desde então, recebe cerca de 50 mil visitantes a mais por ano (em 2017, 191,3 mil turistas foram à Pampulha).
Faço Palmas Barrocas de Sabará, chamada Palmito Limiano em Portugal.
Artesanato rico e belíssimo, veio de Portugal na época do Brasil colônia com a comitiva de D.João VI para as cidade históricas de MG, mas só Sabará que confecciona até hoje.
Feita à mão com cobre e banhada à ouro. Faço para todo o Brasil, inclusive para cidades como Parati e muitas outras mais.