Os túneis encontrados sob esta antiga casa no bairro de San Telmo não têm nada a ver com os túneis misteriosos da “Manzana de las Luces“, atribuídos a rotas de fuga ou contrabando, uma atividade recorrente nos primeiros tempos da colônia.
A maior parte do sistema de drenagem original de Buenos Aires estava conformado por vários arroyos (riachos/córregos) e foram substituídos por dutos canalizados, enterrados e cobertos. Seu traçado original pode ser descoberto na estrutura em zigue-zague de muitas ruas portenhas.
Este é o caso de dois túneis do Zanjón de Granados que foram descobertos no coração do bairro de San Telmo.
Para falar sobre o Museu Zanjón de Granados, achei que era preciso relatar em primeiro lugar a conformação do sistema pluvial da cidade de Buenos Aires. Para isso vamos falar da bacia do Arroyo Maldonado que nasce nos bairros de Tres de Febrero, La Matanza e Morón. Ela uma das maiores e mais importantes bacias da cidade, uma vez que atravessa todo o centro, de oeste para leste.
Buenos Aires e seus rios
O território em que a cidade foi fundada é atravessado por numerosos riachos (arroyos), atualmente canalizados, que desembocam no Rio da Prata e no Riachuelo. Muitos deles têm a particularidade de possuir uma bacia que se estende além dos limites da cidade.

Podemos dividir as bacias entre os dois rios mais importantes da cidade.
- as que desembocam no Rio da Prata
- as que desembocam no Riachuelo
Entre o primeiro grupo, encontramos a Bacia do Arroyo Medrano, que tem sua nascente nos bairros Tres de Febrero, San Martín e Vicente López. Quando atravessa o Gral. Paz, passa pelos bairros de Villa Devoto, Villa Pueyrredón, Villa Urquiza, Belgrano, Nuñez e Coghlan. O Arroyo Vega tem toda a sua bacia na cidade de Buenos Aires. Antigamente, era o eixo da cidade de Belgrano. Atravessa os bairros de Villa Devoto, Agronomia, Parque Chas, Villa Ortúzar, Villa Urquiza, Coghlan, Belgrano e Colegiales.
A bacia do Arroyo Maldonado nasce nos bairros de Tres de Febrero, La Matanza e Morón, uma das maiores e mais importantes bacias da cidade.
O segundo grupo, ao sul da cidade, os rios drenam para o Riachuelo. Encontramos as bacias de Arroyo Cildañez que nasce em La Matanza, a bacia do Arroyo Erezcano, a bacia Larrazabal e Escalada, a bacia do Arroyo Ochoa, a bacia do Arroyo Elia e a bacia do Boca-Barracas.
Por fim, temos os “Três Terceiros”, são três arroyos que fazem parte do Rádio Antigo. No passado, eles marcaram os limites de Buenos Aires e, após a aparição de ruas de paralelepípedos e sua subseqüente pavimentação, seguiram seu curso entubado ate o Rio da Prata.
O Terceiro do Sul teve grande importância pois foi o riacho característico do bairro de San Telmo, enquanto o Zanjón de Granados foi o primeiro limite natural da cidade colonial de Buenos Aires.

A origem e o crescimento de Buenos Aires
A segunda fundação da cidade data de 11 de junho de 1580 foi realizada por Don Juan de Garay em um ponto estratégico no mapa da América do Sul: a confluência dos grandes rios da Mesopotâmia (Paraná e Uruguai) que formam a bacia do Rio da Prata com saída para o Oceano Atlântico.
O traçado da cidade, tipo tabuleiro de xadrez, seguia os regulamentos em vigor para o assentamento de populações no Novo Mundo, de acordo com as ordenanças de Filipe II conhecidas como Leis das Índias. De acordo com o plano do período, possuía 144 quarteirões: 16 quarteirões com orientação paralela ao rio e 9 de profundidade. Com 300 habitantes, aproximadamente.
É necessário enfatizar que essa população primitiva e pequena que se desenvolveu ao redor da Plaza Mayor e seu Forte, em uma área não superior a cinco quarteirões, sob a influência do Cabildo e da tutela espiritual da Catedral, estava crescendo e expandindo-se para as duas fronteiras naturais da cidade de Buenos Aires: o Zanjón de Granados na izquerda (Rua Chile); e o Zanjón de Matorros na dereita (Rua Tres Sargentos).

Em 1769, quatro importantes centros populacionais ou bairros fronteiriços haviam sido formados, precursores do crescimento de Buenos Aires: Santo Domingo e Alto de San Pedro ao sul, Merced e Socorro ao norte.

Santo Domingo (atualmente Monserrat) e La Merced se desenvolveram mais rapidamente, devido à sua localização excepcional; o Alto de San Pedro (hoje San Telmo) e o Socorro, localizados fora dos muros, cresceram mais lentamente.
Em 1776, como resultado das circunstâncias geopolíticas e econômicas do confronto com a Inglaterra e Portugal, a Coroa Espanhola decidiu criar o Vice-reinado do Rio da Prata para impulsionar o comércio e domínio no Oceano Atlântico. A cidade já tinha 24.000 habitantes. Sua densificação havia começado na área central e estava se movendo para os espaços intersticiais entre o centro e os bairros.

Pequenos e grandes quintos, várias pequenas casas de material, fazendas de adobe com telhados de palha e uma pequena população acentuada na área ribeirinha e na parte sul, eram as principais características de San Telmo, no final do último terço Século XVIII.

Em 1810, as transformações sociais e econômicas derivadas da independência estavam dando uma nova fisionomia à cidade; tanto em seu aspecto físico quanto nos usos do espaço e modos de vida. A população de Buenos Aires somava pouco mais de 40.000 habitantes.
A cidade não tinha um sistema de água corrente. A água era extraída com carros-pipa dos poços e do Rio da Prata sem nenhum processo de saneamento. Nem tinha sistema de drenagem. O Riachuelo era a via de drenagem de esgoto e resíduos dos saladeros e matadouros.


O lixo, na maior parte, foi usado para nivelar terrenos e ruas, geralmente estreitos. Não havia avenidas, as praças eram poucas, quase sem vegetação.
Na segunda metade do século XIX, houve um rápido crescimento populacional devido às políticas de imigração, onde milhares de europeus de várias origens chegaram ao país. Em 1867, a cidade tinha 180.000 habitantes. Surgiram os primeiros conventillos, habitações coletivas habitadas pela classe baixa, cujo denominador comum era superlotação e falta de higiene. A cidade ainda era muito precária no que se refere a saúde e havia vários focos infecciosos.

A grande epidemia de febre amarela de 1871
No início de 1871, uma epidemia de febre amarela eclodiu na cidade de Buenos Aires. Ela teria sido infectada pelos soldados que retornaram da Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai e dizimou a população. Os motivos foram diversos:
- a) péssimas condições higiênicas e sanitárias da cidade
- b) fornecimento insuficiente de água potável, resíduos em lençóis freáticos e poços de água
- c) o clima quente e úmido do verão (a epidemia começou em 27 de janeiro)
- d) os saladeros que jogavam seus resíduos no Riachuelo
- e) Uso de resíduos para aterros nas terras baixas
- f) valas infectadas onde o lixo da cidade era jogado
- g) superlotação em residências sem os mais básicos padrões de higiene
A propagação da febre causou a morte de quase 14.000 habitantes, em uma população de 190.000. Lembre-se de que Buenos Aires acabara de enfrentar uma epidemia de cólera em 1867 e, em 1869, uma epidemia de febre tifóide. Naquela época, Buenos Aires ainda não havia incorporado os bairros de Belgrano, Recoleta ou Flores, que foram importantes receptoras da população que fugia da epidemia.
A tragédia destacou a necessidade de iniciar um processo de saneamento que incluísse o fornecimento e distribuição de água, um sistema de drenagem e gerenciamento racional de resíduos.
Em 1873, começou a construção de drenos de chuva e esgotos no que foi chamado de “Rádio Antigo”.

Um ano depois, começou a construção de uma rede que em 1880 já fornecia água para um quarto da cidade. Como as pessoas acostumavam jogar o lixo em valas, riachos ou buracos nos fundos das casas, para esse fim, em 1875 a coleta de lixo foi centralizada e foram destinados lixões específicos na parte sul da cidade para depositá-los, conhecidos como “quemas”. Todas estas medidas colaboraram para melhorar o estado de saúde da cidade.
Buenos Aires: Distrito Federal
Em 1880, declara-se a Cidade Autônoma de Buenos Aires como Distrito Federal da República Argentina. Em 1887, são estabelecidos os limites definitivos da atual cidade de Buenos Aires, dentro da qual Belgrano, Flores e uma parte do partido San Martín são incorporadas. A cidade tinha 438.000 habitantes e, oito anos depois, a população já era de 664.000 habitantes.

Os quarteirões da cidade eram distribuídas na forma de tabuleiro de xadrez, para a qual era necessário nivelar o território.
O esquema projetou a conquista de alguns objetivos:
- a) apagar a natureza, expressa em acidentes topográficos
- b) diferenciar claramente os limites da cidade e do campo, envolvendo toda a trama dentro dos novos limites estabelecidos em 1887
- c) favorecer a ocupação do território, através da venda de terras por particulares
As obras de drenagem do Rádio Antigo terminaram em 1904. Imediatamente depois, a pavimentação das ruas de Buenos Aires começou com paralelepípedos trazidos da Ilha Martín García.
Os primeiros córregos a desaparecer sob o paralelepípedo foram os que sulcavam o antigo município, chamados Terceros, e as valas nas quais drenavam, como o Zanjón de Granados e o Zanjón de Matorras.
Dentro do Rádio Nuevo, as principais obras de foram: o revestimento do restante dos córregos da cidade e a construção de bulevares ou avenidas sobre eles. Em 1909, foi aprovada uma lei para especificar as obras de drenagem do Rádio Novo, obras iniciadas 17 anos depois.

A nova parte da cidade anexa ao antigo município, também chamada Rádio Nuevo, representava uma semente de desenvolvimento urbano apenas nas partes de Flores e Belgrano; O resto era território virgem.
Era necessário acompanhar os loteamentos e as construções com novas obras de saneamento, sem perder de vista o forte aumento da população, conseqüência do projeto político-econômico vigente que atraia grandes massas de imigrantes em busca de um local para se instalar.

Palacio de Aguas Corrientes
Diante do deficiente sistema de água potável na cidade na época, o governo pensou na solução e decidiu criar e instalar um avançado sistema de água corrente, seguindo os modos do engenheiro civil inglês John Bateman. As construções do depósito de água e seus canos subterrâneos começaram em 1887 na zona norte de Buenos Aires e duraram cerca de 7 anos, sendo inaugurado em 1894.

Seu elaborado e deslumbrante desenho arquitetônico seguiu os moldes do que na época agradava a classe alta portenha, utilizando 170 mil peças de cerâmica, 130 mil ladrilhos esmaltados ingleses, além de um extremo perfeccionismo para dar ao edifício sua aparência monumental.
O edifício majestoso hoje abriga a empresa Agua y Saneamientos Argentinos (AySA) e é declarado Patrimônio Histórico Nacional. A mansão ocupa um quarteirão inteiro no bairro Balvanera.
Lá dentro funciona o Museu da Água e da História Sanitária, que possui 12 tanques de água sustentados por 16 mil toneladas de ferro fundido trazido da Bélgica. O museu traz a história do saneamento da cidade de Buenos Aires e sua contribuição para o desenvolvimento do local.
O Arroyo Maldonado
Um terço da população da cidade tem sua moradía na bacia de Maldonado, deixando clara a importância do projeto devido à magnitude de beneficiários diretos que envolve. Nesta bacia, há um total de 342.968 pessoas que residem na área crítica. Essa população representa 11% da população total da cidade.

É uma bacia com um curso de água definido, hoje canalizado no subsolo. O comprimento do córrego é de 20 km, nasce em La Matanza, mas sua rota na cidade (Capital Federal) de Buenos Aires é de 14,90 km.
Ao chegar na cidade autônoma de Buenos Aires (CABA), o Arroyo começa a ser retificado a partir do traço da Avenida Juan B. Justo. Depois da Avenida Santa Fe, Maldonado continua sob outra avenida, chamada Intendente Bullrich. Quando termina, o túnel principal fica abaixo do Parque 3 de Febrero, passa ao sul do Hipódromo Argentino de Palermo, continua pela Avenida Dorrego e sob o Aueroporto Jorge Newbery, até desaguar no Rio da Prata.
Origem do nome Maldonado
Em 1536, Pedro de Mendoza fundou a cidade de Buenos Aires, porém foi abandonada e incendiada por seus 350 habitantes em junho de 1541, que decidiram migrar para o norte, à cidade de Assunção .
Por um tempo, os novos habitantes foram ajudados pelos Querandíes, aborígines que habitavam essa área. No entanto, começaram a surgir tensões entre os dois povos, com freqüentes e sangrentos combates em erupção. A dor e a fome começaram a devastar a vida da nova cidade.
Diz a lenda que vivia uma mulher chamada Maldonado, que havia chegado com Pedro de Mendoza. A mulher, desesperada pela fome, deixou a vila e marchou pela planície até parar em uma colina com água natural. Ao longo do caminho, ela ajudou um puma, prestes a dar à luz. Pouco depois, alguns índios que vieram ao local em busca de água encontraram a espanhola desmaiada e, ao lado dela, o animal com seus filhotes. A mulher foi feita prisioneira pelos índios. E, por um tempo, nada mais foi ouvido sobre ela.
Um dia ela foi encontrada por um oficial espanhol que comandava um grupo de soldados. Por ter deixado a vila para viver entre os índios, ela foi condenada à morte. Ele levou a mulher às margens de um riacho, perto da cidade, e amarrou-a numa árvore. À noite, ela estava cercada por animais selvagens, mas foi defendida pelo puma que ela ajudara anteriormente. Dias depois, foi encontrada com vida por outro grupo de soldados. A seus pés, o puma dormia com seus filhotes. Como uma comemoração dessa mulher, o arroyo foi chamado com o nome dela: Maldonado.
O entubamiento do arroyo Maldonado
Em 1865, fora dos tempos da seca, Maldonado só podia ser atravessado arriscando a vida em pontes frágeis. O mais sólido, o da Avenida Santa Fe ou o do Caminho de Moreno, hoje Av. Warnes, mal resistiam a uma chuva torrencial.
No final do século XIX, o córrego Maldonado era o limite natural entre a capital e a província de Buenos Aires. Seu curso era interrompido por uma dúzia de pontes tipo romanos, com arcos, o mais importante foi aquele da atual avenida de Santa Fe.

Naquela época, os ousados que se aventuravam além costumavam pegar o Caminho das Cañitas – hoje Av. Luis M. Campos – antes de encontrar o último vestígio da civilização: a Pulpería de Ambrosio, um parador de carroceiros e viajantes sedentos.
Até então, representava uma fronteira entre a parte decente da cidade e seus subúrbios mais pecaminosos. O futuro bairro de Villa Crespo era naquela época um conjunto de conventillos com esquinas y cantos perigosos, conhecido por sues bares de fama ruim, onde os “compadritos” (homens de faca) sempre procuravam e achavam confusão.
Em 1888, quando a capital foi ampliada por lei, o Maldonado deixou de ser o limite entre a cidade e a província e os lotes em sua margem norte foram mais cotizados.

Em 1912, foi criada Obras Sanitárias da Nação (OSN). A rede coletora de águas pluviais (águas de chuva) da cidade de Buenos Aires foi concluída em 1941.

Devido à magnitude do revestimento do córrego, o trabalho de Maldonado foi um dos mais importantes realizados por aqueles anos na capital. Foi projetado pelas Obras Sanitárias da Nação como parte integrante de um extenso plano de drenagem pluvial da Metrópole.
Em 1929, começaram os trabalhos de criação de perfis, modelagem de encostas e escavações no leito do córrego que facilitariam o escoamento das águas e preparariam, ao mesmo tempo, as áreas de trabalho para a execução do duto principal. A empresa responsável por essas tarefas foi Amente e Mainsterra, que inicialmente cavaram o leito do riacho para alcançar uma largura uniforme de 18,30 m em uma área de aproximadamente 5 km.
Na década de 1930, foi realizada a segunda etapa: a construção do principal emissário do córrego Maldonado. Antes da construção do conduto onde o riacho corre hoje, foi feita uma fundação firme para facilitar o escoamento das águas, além disso, eles tiveram que montar uma estrutura importante para construir um piso firme que permitisse a circulação de veículos, já que a superfície conquistada deveriam ser incorporados à via pública.
O primeiro setor, desde Av. Córdoba ate o rio, foi estabelecido em tempo recorde. Sete anos depois, não havia sinal do antigo riacho. Em 1937, foi inaugurada a Avenida Juan B Justo, entre as avenidas Santa Fe e Nazca. E em 1940 estendeu-se à Av. General Paz.
Atualmente não há problemas sérios de sujeira no seu caudal, pode haver alguma conexão clandestina de esgoto, mas testes químicos dizem que é água limpa. Arraste o lixo da rua e nada mais.
A partir de 1993, com a privatização da OSN, a rede passou a depender do governo da cidade de Buenos Aires.
Entre 1993 e 2006, a cidade realizou vários trabalhos isoladamente e somente desde a apresentação do Plano Diretor de Planejamento Hidráulico, os programas de trabalho podem ser executados em um plano mestre que serve de base e permite estabelecer precedentes e prioridades.
Todos os trabalhos foram realizados durante as gestões dos prefeitos Anibal Ibarra (2000-2007) e Mauricio Macri (2007-2015).
Obras de alívio do Maldonado
O trabalho dos túneis de alívio de Maldonado marcou um registro único. Atingiu uma extensão de quinze quilômetros entre os dois túneis, com um diâmetro médio de quase sete metros, a uma profundidade máxima de vinte e cinco metros.
O financiamento do trabalho foi o primeiro que a Cidade Autônoma fez diretamente com o Banco Mundial através de um empréstimo do Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), com o aval do Estado Nacional, contemplando tanto a gestão do financiamento quanto a realização do plano na integra.
O projeto foi encomendado a um grupo de profissionais de engenharia e outras especialidades, principalmente argentinos, dependentes de um consórcio internacional formado por quatro consultores. As especificações e detalhes do projeto foram analisados e discutidos nos Estados Unidos, França, Itália, Espanha, Suíça e Inglaterra e modelados fisicamente pela Universidade Nacional de La Plata.
O trabalho foi executado por uma empresa de origem italiana, sob o controle de um consórcio ítalo-argentino. Os trabalhadores, parte fundamental do processo, formaram um grande grupo humano de trabalhadores bolivianos, paraguaios, peruanos e argentinos.
Os trabalhos começaram em março de 2001 e estenderam-se até janeiro de 2006, por um período de aproximadamente 5 anos. Em 2012, com a execução total das obras de derivação para os túneis correspondentes, nos cruzamentos com as ruas Niceto Vega, Honorio Pueyrredón e Cuenca, o canal de descarga em Punta Carrasco, as obras foram concluídas.
TRABALHOS DE ALÍVIO DA COLETORA PRINCIPAL: Consiste em dois túneis projetados de 6,90 m de diâmetro, chamados Túnel 1 (Curto) e Túnel 2 (Longo), juntamente com três câmaras de ventilação, uma para o Túnel 1 e duas para o Túnel 2. Os dois novos túneis estão quinze metros abaixo do atual córrego e permitirão dobrar a capacidade de escoamento que Maldonado possui hoje.
OBRA DE DESCARGA: localizada na margem norte da costa de Punta Carrasco. Três estruturas de desvio e conexão canalizam os fluxos do Coletor Principal do Maldonado até os dois túneis de alívio. O trabalho de descarga e bombeamento permite o descarregamento conjunto de ambos os túneis de alívio no Rio da Prata por um canal de saída e incorpora uma instalação com três bombas para esvaziar os túneis durante os trabalhos de manutenção.
Trata-se de um poço circular com um diâmetro interno de 40 m, formado por um muro de concreto com uma profundidade de 55 m. Dentro dele mediante as maquinarias TBM, similares a aquelas usadas no Canal da Mancha, iniciou-se a escavação dos túneis.
O novo sistema inclui a instalação de 40 estações de monitoramento em diferentes partes da cidade, capazes de prever com precisão a ocorrência de grandes tempestades.
fonte:
- Túneles Aliviadores del Maldonado: Subsecretaría de Proyectos de Urbanismo, Arquitectura e Infraestructura. Ministerio de Desarrollo Urbano
- Los Límites Primitivos de San Telmo: Dr. Rafael Berruti
Ótimo trabalho!
Após perder muito tempo na internet encontrei esse blog
que tinha o que tanto procurava.
Gostei muito.
Meu muito obrigado!!!