DIAMANTINA (MG): Igreja São Francisco de Assis – Parte II: As magnificas pinturas no forro do templo

O início da construção da Igreja de São Francisco de Assis data de 1762. A execução do programa litúrgico-ornamental do seu interior passou a mobilizar os terceiros franciscanos a partir dos fins dos anos 1770, naturalmente sem descuido dos demais aspectos da obra.

Com apenas uma torre lateral e detalhes em cores fortes, a igreja chama a atenção pelo belo interior, onde é possível ver as incríveis pinturas da capela-mor e da sacristia; de José Soares de Araújo e Caetano Luiz de Miranda, dois grandes nomes da arte sacra mineira. Continue lendo “DIAMANTINA (MG): Igreja São Francisco de Assis – Parte II: As magnificas pinturas no forro do templo”

OURO PRETO (MG): Igreja de São José – Parte III: Depois de permanecer 20 anos fechada a igreja foi integramente restaurada

É incrível imaginar que a restauração de uma igreja representativa de uma cidade pertencente ao Patrimônio da Humanidade levara 20 anos em se concretizar. Finalmente em setembro de 2010 foram empreendidos esforços pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), pela Paróquia de Nossa Senhora do Pilar (através do Museu de Arte Sacra) e pela Prefeitura Municipal de Ouro Preto, para viabilizar a restauração desse importante monumento.

Sob o patrocínio do Banco (BNDES) e do World Monuments Fund (WMF), os trabalhos de restauração arquitetônica foram executados pela empresa Hexágono Consultoria e Engenharia Ltda. Em dois anos tão só, a equipe técnica de restauração liderada pela arquiteta Deise Cavalcanti Lustosa conseguiu devolver todo o esplendor desta magnifica obra de arte do barroco mineiro. Continue lendo “OURO PRETO (MG): Igreja de São José – Parte III: Depois de permanecer 20 anos fechada a igreja foi integramente restaurada”

OURO PRETO (MG): Igreja de São José – Parte II: A Igreja dos Artistas

Em Vila Rica o ensino de arte não era feito em escolas ou academias, mas praticado durante a execução e dentro das oficinas de obra. Enquanto o artesão trabalhava como aprendiz, sob orientação de seu mestre, adquiria os conhecimentos técnicos e estéticos próprios àquele oficio. Estes grupos de artistas estava conformados em sua grande maioria por “Homens Pardos”, que contavam por sua vez com escravos na conformação de sus equipes de trabalho.

Sendo São José o santo venerado como o protetor dos carpinteiros, marceneiros, escultores, pintores, enfim, daqueles que trabalham com a madeira/pedra, etc., eles constituíam a mão de obra indispensável na construção arquitetônica de edifícios civis e templos, desde os esteios até a sua decoração.

Neste post vamos conhecer o interior desta bela igreja de torre única, a casa religiosa dos artistas da antiga Vila Rica. Continue lendo “OURO PRETO (MG): Igreja de São José – Parte II: A Igreja dos Artistas”

DIAMANTINA (MG): Igreja São Francisco de Assis – Parte IV: Sarau de Arte Miúda

Diamantina é conhecida como a cidade musical de Minas Gerais. O historiador Erildo Antônio Nascimento de Jesus, diz que em todas as famílias da cidade existe pelo menos um músico, e não é à toa que também é conhecida como a “Capital Brasileira da Seresta”.

De acordo com a Secretaria Municipal de Turismo, Diamantina recebe cerca de 150 mil turistas por ano. A Vesperata é outro atrativo musical que o turista não pode perder. O show acontece ao ar livre, na Rua da Quitanda, no centro histórico da cidade com a particularidade de que os músicos se posicionam nas varandas dos velhos casarões.

Mas sem duvidas uma das grandes surpresas na minha visita a Diamantina foi assistir o “Sarau de Arte Miúda” que acontece na belíssima Igreja São Francisco de Assis. Um local diferente, um show diferente, representado por alunos da Escola de Arte Miúda a apresentação mixtura a intervenção de magníficos músicos instrumentistas, o coral de jovens e desfile de figurinos da época colonial. Um momento inesquecível, digno de recomendação. Continue lendo “DIAMANTINA (MG): Igreja São Francisco de Assis – Parte IV: Sarau de Arte Miúda”

DIAMANTINA (MG): Igreja São Francisco de Assis – Parte III: A irmandade franciscana no Brasil

Embora a ordem franciscana tenha vindo com Cabral oito frades e o superior frei Henrique de Coimbra, que aqui celebrou a primeira missa, a Ordem só foi instalada permanentemente em 1585.  Chegam a São Paulo (em 1640) e bem mais tarde nas Minas Gerais só a partir das chamadas Ordens Terceiras; Ouro Preto (1746), Mariana (1748) e São João del-Rei (1749).

No Arraial de Tijuco (atual Diamantina em 1762), ao igual que suas antecessoras construíram belíssimo templo ornamentado com os trabalhos dos artistas mais destacados da época. Sendo uma irmandade constituída exclusivamente pelos homes brancos mais abastados da sociedade representou uma das associações religiosas leigas de maior destaque no período colonial, especialmente em Minas Gerais. Responsável pela agremiação de alguns dos mais proeminentes indivíduos, este grupo teve influência marcante na composição estrutural da sociedade mineira, reforçando valores hierárquicos e garantindo aos seus membros posição de destaque. Continue lendo “DIAMANTINA (MG): Igreja São Francisco de Assis – Parte III: A irmandade franciscana no Brasil”

MUSEU INHOTIM – PARTE II: A Formação do Acervo de Arte Contemporânea

Em Brumadinho, estado de Minas Gerais, o Centro de Arte Contemporânea Inhotim é um museu com conceito arquitetônico diferenciado. Em vez de agregar todas as suas instalações em um único edifício, divide-se em diversas galerias espalhadas.

Ao colaborar com artistas na encomenda de novas obras e na adaptação das existentes a novos espaços, os projetos artísticos de Inhotim lidaram com a paisagem e a natureza e acumularam um impressionante grupo de obras de grande escala. Tendo surgido de um jardim privado, o Inhotim desenvolveu uma intensa linha de trabalho voltada à preservação e desenvolvimento da vegetação e à pesquisa botânica, buscando novas formas de preservar a biodiversidade da região e do Brasil. Continue lendo “MUSEU INHOTIM – PARTE II: A Formação do Acervo de Arte Contemporânea”

OURO PRETO (MG): Igreja do Bom Jesus de Matozinhos e São Miguel e Almas – Parte II: Quanto tempo mais passará?

Afastada do circuito turístico do casco histórico em torno a Praça Tiradentes, a portada desta igreja traz uma representação singular do purgatório. Essa grande obra do mestre Aleijadinho materializa e documenta, em pedra-sabão, o culto às almas.

A igreja foi fechada em 2014 e ainda aguarda pela sua restauração. Muitas tem sido as manifestações dos fieis do bairro de Cabeças reclamando pelo inicio das obras. Na lateral do adro o terreno esta seriamente comprometido e precisa de trabalhos para a contenção da encosta.

O Escritório Técnico do IPHAN conta desde de 2009 com um projeto, que  se bem não contemplava o restauro de elementos artísticos, já estava pronto. Me pergunto … Quanto tempo mais passará?

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MUSEU INHOTIM – PARTE I: Arte Contemporâneo convida à preservação e a sustentabilidade do meio ambiente

O Instituto Inhotim, parte de um processo de colecionismo privado adquirindo atualmente contornos de museu, de jardim botânico, de escola não-formal, de centro cultural, a partir de campos especializados, tais como a arte, a botânica e meio ambiente, a educação, o paisagismo que se interligam e acabam evidenciando um conceito museológico original, ligado à preservação e sustentabilidade do meio ambiente. Continue lendo “MUSEU INHOTIM – PARTE I: Arte Contemporâneo convida à preservação e a sustentabilidade do meio ambiente”

OURO PRETO (MG): Igreja N S das Mercês e Misericórdia – Parte II: A Mercês de Cima e interior do Templo

Mercês de cima_Nossa Senhora das Merces_Estrada Real_Brasil_Minas _Gerais_Unesco_Patrimonio_Humanidade

O altar-mor é ocupado pela imagem da padroeira Nossa Senhora das Mercês e os nichos laterais pelos santos fundadores da Ordem Mercedária, São Pedro Nolasco e São Raimundo Nonato, do mesmo modo que acontece na “Mercês de Baixo” (cujo nome correto é Nossa Senhora das Mercês e Perdões), situada nas baixadas do bairro dos Paulistas e vinculada á Matriz Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias.

A decoração interna é de grande simplicidade, mas uma grande lista de artistas experientes contribuíram na construção e acabamento desta singular igreja de torre única.

Ë o passo obligado para quem vem ou vai pra rodoviária, próxima da Praça Tiradentes, ele é um dos primeiros templos que o visitante encontra ao chegar a Ouro Preto. O seu adro conforma um mirante com uma vista impressionante da cidade. Continue lendo “OURO PRETO (MG): Igreja N S das Mercês e Misericórdia – Parte II: A Mercês de Cima e interior do Templo”

CINEMA e TEATRO VILA RICA: O lendário cinema de Ouro Preto esta fechado

O Cine Teatro Vila Rica representa um marco da história cultural de Ouro Preto. Neste prédio funcionava originalmente o antigo Liceu das Artes e Ofícios (1886-1953), instituição educativa destinada ao ensino das artes e ofícios mecânicos para os sectores mais pobres da população da antiga Vila Rica.

O Cinema de Ouro Preto nasceu em 1957 do sonho de Salvador Trópia e hoje é o único espaço de projeção cinematográfica da região e um dos mais tradicionais de Minas Gerais. A sala sedia uma programação contínua de filmes, eventos artísticos-culturais a níveis nacional e internacional, como o Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana, Fórum das Letras, Fotógrafos em Ouro Preto, CineOP e diversas outras mostras e festivais de cinema como o Festival Varilux de Cinema Francês, que homenageia as produções cinematográficas francesas.

A beleza arquitetônica e a memória histórica do prédio estão de portas fechadas. Uma grande angustia me invade pelo fato de saber que há dois anos o Cinema está fechado e que de seu velho projetor, não sai mais luz não. Continue lendo “CINEMA e TEATRO VILA RICA: O lendário cinema de Ouro Preto esta fechado”