O Museu Nacional de Belas Artes (MNBA ) foi inaugurado em 1895, apesar de ter sofrido várias mudanças de sede. Alberga o maior património artístico da Argentina e um dos principais da América Latina. Está composto por mais de 12 000 pinturas, desenhos, esculturas e tapeçarias de artistas como El Greco, Van Gogh, Renoir, Monet, Cézanne ou Picasso, bem como clássicos argentinos como Xul Solar e Eduardo Sívori. Destaca-se a sua biblioteca com mais de 160. 000 volumes e o auditório.
Seu extraordinário patrimônio artístico de mais de 12 mil peças que compõem a coleção faz com que seja a acervo público mais importante do subcontinente.
Museu Nacional de Belas Artes
Sua primeira sede foi aberta ao público no dia de Natal de 1896 no elegante edifício Bon Marché na Rua Florida, hoje conhecido como as Galerias Pacífico.
O museu foi criado em 1895 devido a um decreto do presidente José Evaristo Uriburu. Idealizado por Eduardo Schiaffino, pintor e crítico de arte, foi seu primeiro diretor e um dos fundadores da Sociedade de Estímulo a Belas Artes. Em 1906 ele viajou para a Europa com o intuito de comprar obras de arte e dar origem a um museu que pretendia fazer uma leitura da história da arte através de sua coleção.
Em 1909, após diversas aquisições e doações o patrimônio do museu havia se multiplicado por vinte e o espaço já era insuficiente. O Museu mudou-se para o Pavilhão Argentino, um edifício típico de arquitetura de ferro e vidro, construído para representar a Argentina na Exposição Universal de Paris em 1889, erguida na Plaza San Martín. As obras permaneceram ali por duas décadas, antes de serem instaladas definitivamente em sua sede atual na Avenida del Libertador pois novamente o museu precisava de mais espaço. Em 1932 ele se mudou para o endereço atual, no bairro da Recoleta, e decidiram reutilizar, após diversas obras, o espaço que antes era a casa de bombeamento e água potável da cidade, (Obras Sanitárias da Nação, 1870).

O edifício foi reformado pelo arquiteto Alejandro Bustillo, que o adaptou às necessidades de um museu. Bustillo manteve a frente original e projetou um novo pórtico. No interior, a reforma foi realizada segundo um modelo moderno de exposições, com salas amplas e bem iluminadas e paredes lisas, a fim de contribuir para uma leitura direta dos trabalhos em exibição. Em sua transformação, o arquiteto concebeu para o MNBA um itinerário espacial ordenado, para que o visitante desfrute de uma contemplação atraente e instrutiva.
Nos próximos anos que se passaram o Museu Belas Artes de Buenos Aires passou por diferentes curadores e gestões, o que trouxe ao museu diversas e variadas obras do mundo inteiro, desde importantíssimas obras internacionais, obras nacionais contemporâneas, até esculturas. Fato é que hoje o museu ainda segue a ideia original de seu fundador, fazendo um percorrido na arte desde a idade média até o século XXI, divididos em escolas, períodos, estilos e autores, contabilizando em mais de dois mil obras.
Desde a sua inauguração na atual sede, o museu passou por várias reformas. Em 1961, um Pavilhão foi adicionado para exibir as amostras temporárias.
Em 1980 acontece a inauguração da sala de arte argentina e internacional no primeiro andar um salão de 96 metros de comprimento por 16 de largura e o Auditório, onde são realizadas inúmeras atividades artísticas, culturais e educacionais.
Em 1984, a expansão do segundo andar foi concluída. Existem a gerência, os departamentos técnicos e administrativos e um terraço de esculturas ao ar livre, tornando o edifício mais similar ao que é hoje.
Salas de exposições
Em sua exposição permanente há diversas galerias temáticas: Arte antiga e da Ásia, Arte pré-hispânica e Colonial Americana, Arte do século XII ao século XVIII, Arte do século XIX (1800-1910), Arte do século XX (1910-1945) e Arte do século XX – XXI (de 1945 até a atualidade).
O piso térreo de 2.000 m2 é dedicado principalmente à exibição de coleções de arte internacionais, da Idade Média ao século XXI, e à arte argentina do século XIX. Em 1977 foram inauguradas as salas da planta baixa, destinadas à coleção permanente de arte internacional.
Nas salas do térreo, o visitante se cruzará no seu percurso com as coleções de arte pré-hispânica do noroeste argentino e da arte colonial; com una seleção de obras primas de Pueyrredón, Sívori, Della Valle, de la Cárcova e os fantásticos Cándido López; com esculturas de Barrias e de Rodin, com El Greco e Rembrandt, com a magnífica sala Goya, com a coleção de impressionistas e pós-impressionistas mais importante da América Latina, que começa com Manet e vai até Sorolla, passando por Van Gogh, Gauguin y Degas; entre tantos outros artistas.
O primeiro andar é dedicado à arte do século XX. Suas salas de exposição reúnem vários mestres de vanguarda desde o início do século, como Klee, Kandinsky, De Chirico, Carra, Modigliani, Picasso e Léger. Além disso, obras de Rafael Barradas, Xul Solar, Pedro Figari, Joaquín Torres García, Emilio Pettoruti e Alicia Penalba. As tendências da pós-guerra são representadas por artistas como Nicholson, Fontana, Dubuffet, Henry Moore, Rothko, Pollock, Nevelson, Fautrier, Kemble, Sakai, Testa e Greco. A arte argentina de 1960 a 1980 é mostrada através de obras de Ernesto Deira, Jorge de la Vega, Rómulo Macció, Luis Felipe Noé, Antonio Saura, Carlos Alonso, Antonio Seguí, Juan Carlos Distéfano, Edgardo Giménez e Marta Minujin, entre outros.
O museu abre suas portas para exibições temporárias muito importantes, então vale a pena ficar de olho na programação do local durante o período de sua viagem.
Modificações na política de exposições
Na década de 1990, os museus experimentaram uma maior concentração nos aspectos de exibição e comunicação. A transformação do museu indubitavelmente provocou modificações na política de exposições e na contemplação, cujas práticas correspondem às mudanças nas expectativas do público.
De acordo com essas mudanças, os museus incorporaram progressivamente um sistema de exposições periódicas como parte das estratégias de atração de público e de inclusão nos circuitos de turismo cultural, lazer, recreação e entretenimento. Também foi escolhido para rodar e repensar periodicamente as coleções históricas, com a oportunidade de “lançar” cada nova exposição de uma maneira espetacular e atraente.
O modelo de exibição temporária, como parte do ingresso das artes visuais nas indústrias culturais, tornou-se o modelo preferencial para incorporar em museus e instituições culturais o grande volume de público dedicado ao lazer cultural.
A expressão arte contemporânea foi imposta desde os anos oitenta e tem a virtude de uma frase pronta, ampla o suficiente para ser usada quando falta um termo mais preciso e o suficientemente explícito para entender que estamos falando de um certo tipo de arte.
A contemporaneidade exige respostas que diferem significativamente daquelas que inspiraram os modernismos dos séculos XIX e XX. As duas salas (16 e 17) que abrigam a coleção Guerrico, dedicada à arte européia dos séculos XVII e XIX, apresentam um modelo de exibição diferente do conjunto de salas da MNBA. Este modelo refere-se à maneira pela qual as galerias de arte e museus mais importantes da Europa exibiram seus tesouros patrimoniais no século 19, onde numerosas pinturas preenchiam as paredes dessas salas quase sem deixar um espaço livre.
Reformas
Entre 2013 e 2015, uma série de ações foram responsáveis por esse processo: em maio de 2014, foi anunciada uma nova política de compras que permitia que 130 obras de arte argentinas da década de 1980 entrassem na coleção MNBA. Em agosto de 2015, dezoito quartos foram abertos no primeiro e no segundo andar, totalizando 2.845 metros quadrados. Além deste trabalho, no primeiro andar, havia um novo design de iluminação e um sistema abrangente de segurança e condicionamento térmico que segue os padrões internacionais de museologia.
A loja do museu foi aberta com a ajuda da Associação de Amigos do MNBA, criada em 22 de outubro de 1931, ao lado do pavilhão de exposições temporárias, e o novo site do museu foi lançado, com navegabilidade e design alinhados ao desenvolvimento das atuais tecnologias digitais, onde é possível acessar uma galeria online com obras da coleção.
O site Web renovado
O Museu Nacional de Belas Artes relançou seu site com melhores serviços para o usuário, um design que se adapta a diferentes dispositivos tecnológicos e a possibilidade de consultar o catálogo on-line da biblioteca da instituição, que, com mais de 160.000 volumes, É considerada a coleção bibliográfica mais importante do país em artes visuais.
Também foi modificado o acesso à coleção on-line de belas artes, composta por mais de 2.500 obras, que agora podem ser consultadas com diferentes mecanismos de busca, como autor, título, período, estilo ou sala em que uma peça é exibida.

Também é possível fazer o download de diferentes conteúdos da página como várias publicações, como catálogos de exposições anteriores, material didático e estudos patrimoniais da instituição.
Na seção do site institucional (library.bellasartes.gob.ar), referências a mais de 110.000 livros, 54.000 artigos de jornal e brochuras, além de 1.830 títulos de publicações periódicas estão disponíveis para pesquisadores, estudantes e o público em geral.
Localizada no térreo do prédio, a biblioteca do Museu Nacional de Belas Artes fica aberta ao público de terça a sexta-feira, das 11h às 17h, e aos sábados, das 10h30 às 15h30, na Avenida del Libertador 1473. Também são recebidas consultas no 5288-9960 ou e-mail biblioteca@mnba.gob.ar.
fonte:
- https://www.bellasartes.gob.ar/pt/
- https://biblioteca.bellasartes.gob.ar/
- https://argentear.com/