Em torno da exploração diamantífera do século XVIII, foi se constituindo uma dinâmica social com costumes e singularidades da vida colonial brasileira, registrada por um acervo cultural valioso que permanece preservado na atualidade no MUSEU do DIAMANTE. Popularmente denominada “Casa do Padre Rolin”, sua importância histórica reside no fato de ter sido residência do inconfidente padre José de Oliveira e Silva Rolim.
Mais hoje vamos a conhecer um museu que não é apenas uma casa, pois na minha visita ao local descobri que o terreno dos fundos e realmente enorme, possui uma área de 2.834,28 m².
Nesta área se encontram duas minas de extração de ouro e diamantes desativadas, assim como no terreno passa o córrego Tijuco, que dá origem a ocupação do então distrito diamantino, sede do Arraial do Tijuco, sendo o primeiro local onde se descobriram diamantes na região.
É uma pena que o acesso esteja restrito ao público e não exista desenvolvida uma temática que integre este espaço ao próprio museu. De pronto me fez lembrar de outro córrego em Ouro Preto, aquele que passa embaixo da Ponte dos Contos e acaba na Igreja Matriz do Pilar. Também fechado. Roguemos para que pronto estes espaços sejam integrados e direcionados para o fomento do eco- turismo, uma das temáticas que mais interessam aos viajantes nos últimos tempos, alem dos aspectos históricos.
O Museu do Diamante, situado na Rua Direita, ocupa uma área privilegiada para a visitação turística no centro cívico da cidade, ao lado da Igreja Matriz de Santo Antônio, próximo ao Mercado Velho e à Igreja de São Francisco de Assis.

Historia da casa do Padre Rolim
Este notável prédio, pela suas proporções e sobriedade de linhas, representa um tipo de residência da classe abastada do antigo Arraial do Tijuco. Nele viveu o inconfidente Padre José de Oliveira e Silva Rolim, que nasceu no antigo Arraial do Tijuco em 1749. Ele foi um dos religiosos que aderiram à Inconfidência Mineira de 1789. Foi preso, enviado a Portugal, tendo seus bens confiscados, inclusive este prédio, que foi vendido em praça pública.
A casa, confiscada ao Padre Rolim por crime de Inconfidência, vai a leilão e é arrematada por José Soares Pereira da Silva em 1799 (dez anos após a Conjuração), pela quantia de um conto, cento e vinte e oito mil cento e cinquenta réis. Não conseguindo pagar a dívida à Real Fazenda, Pereira da Silva vende o imóvel pela mesma quantia que fora arrematado a Ana Clara Freyre em 1809.
A casa permanece como residência particular até 1943, quando foi desapropriada pela União, passando mais tarde a abrigar o atual Museu do Diamante. A escritura, no entanto, só será lavrada no dia 30 de março de 1944, tendo os proprietários Carlos Diniz Pinto e sua mulher Maria Julia de Souza Pinto recebido da União a quantia de 150 mil cruzeiros.

O processo que culminou na criação do Museu do Diamante teve início em 1941, quando Rodrigo Melo Franco de Andrade inicia um levantamento de objetos pertencentes a colecionadores de Diamantina. A criação do Museu envolveu a atuação de diversos outros intelectuais de renome envolvidos com o SPHAN, tais como Sylvio de Vasconcellos, Lúcio Costa e Burle Marx. Seguem-se a desapropriação do casarão onde vivera Padre Rolim e a apresentação de diversos projetos de lei que versam sobre a criação do museu, até que este é oficialmente criado pela Lei nº 2200 de 12 de abril de 1954, assinada pelo então presidente Getúlio Vargas.
O Museu do Diamante, instituição localizada em Diamantina, Minas Gerais, e idealizada entre as décadas de 1940 e 1950 pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN).
Criado em 1937, mesmo ano de instauração do governo de Getúlio Vargas, representou a inauguração de uma política oficial de patrimônio em todo o país. O SPHAN iniciou uma politica de criação de museus em Minas Gerais entre as décadas de 1940 e 1950, tendo sido inaugurados, nesse processo, o Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, criado em 1944; Museu do Ouro, em Sabará, criado em 1946; Museu do Diamante, em 1954; e Museu Regional de São João Del Rey, em 1958. Como se sabe, a criação de museus naquela época configurava uma atividade secundária do Serviço, que se ocupava majoritariamente da questão dos tombamentos, da conservação de monumentos arquitetônicos e da pesquisa em história da arte divulgada na Revista do SPHAN.

Não obstante a criação oficial do museu ter se dado apenas em 1954, assegurada por lei federal, tratou-se de um longo processo que envolveu contendas entre o SPHAN e os parlamentares para aprovação do projeto. Em 1947, após a compra pelo SPHAN da coleção de objetos pertencentes ao antiquário diamantinense Antônio Coimbra, com vistas a compor o acervo do futuro museu, o então deputado federal Juscelino Kubitschek elabora o Projeto de Lei de criação do Museu do Diamante.
A influência de Juscelino Kubitschek na criação do Museu não deve causar surpresa, devido à ligação do político diamantinense com o grupo modernista. Quando prefeito de Belo Horizonte, entre 1940 e 1945, foi apresentado a Oscar Niemeyer pelo Ministro da Educação e Saúde Gustavo Capanema. JK convidou o então jovem arquiteto para a realização do Parque da Pampulha, composto pelo Iate Clube, Cassino, Casa do Baile e Igreja São Francisco. O investimento de JK na área cultural durante sua gestão na prefeitura de BH contempla ainda a criação de uma orquestra sinfônica, um Museu Histórico e o Palácio das Artes. Em 1950, quando da eleição de JK para governador de Minas, os diamantinenses vislumbraram oportunidades de melhorias na cidade a partir da chegada de alguém nascido em Diamantina ao governo do estado.

Entre 1951 e 1953, a edificação passou por obras gerais de restauração empreendidas pelo IPHAN, incluindo a recuperação da área do pomar aos fundos e da entrada de antigo túnel ali existente.
Na documentação que está depositada no Museu do Diamante, vemos que o processo de restauração, entre 1951 e 1953, é precedido de um árduo processo de negociação entre o IPHAN e o antigo proprietário, iniciando-se em 1946 e podemos perceber que a casa foi quase que totalmente refeita no período anteriormente citado, pois o antigo proprietário iniciou um processo de demolição quando teve conhecimento da intenção do IPHAN em desapropriar o seu imóvel (documentação administrativa do Museu do Diamante do ano de 1943 até 1953).

Uma hipótese seria a busca pelo antigo proprietário, por tesouros escondidos na própria construção, como potes de ouro e chifres cheios de diamantes, já que histórias similares circulam pela cidade, e pelo fato da casa ter sido residência do tesoureiro da Real Extração de Diamantes, pai do inconfidente Padre Rolim. Este detalhe corrobora para a construção de um imaginário de desvios de diamantes e propinas que poderiam estar enterrados na casa e no jardim do atual Museu do Diamante.
Em 29 de janeiro de 2007, através da portaria № 43 de 26/01/07 a gestão administrativa, financeira e patrimonial do Museu do Diamante é transferida da 13ª Superintendência Regional, em Minas Gerais, para a Administração Central do IPHAN, ficando o Departamento de Museus e Centros Culturais – DEMU responsável por sua operacionalização.
Entre 1946 e 1958 o Museu abrigou cerca de 60 peças provenientes da Antiga Sé de Diamantina, demolida em 1932.

As igrejas de Diamantina que entram em processo de restauração – como é o caso do acervo de imaginária da Igreja de São Francisco (santos de roca, Cristo crucificado em tamanhos naturais e vários de pequena dimensão além de mobiliário), foram depositada no museu, sendo parte em reserva técnica e parte em exposição.
Leia também: ESTRADA REAL IGREJAS: São Francisco de Assis, Diamantina Brasil
O Prédio
Sua arquitetura harmoniza-se com o entorno, onde se destacam prédios históricos como a atual prefeitura, antiga Casa da Intendência; a Catedral Metropolitana, construída nos anos de 1930 após a derrubada da antiga igreja colonial da Sé; e, a Casa do Forro Pintado (Casa do Intendente Câmara).
O prédio onde funciona o Museu do Diamante é um dos modelos de referência da arquitetura civil do século XVIII.

Trata-se de construção semi -assobradada, implantada num nível superior ao da rua, cujo desnível é corrigido na esquerda da fachada principal por muro de pedra guarnecido por gradil de madeira recortada.
O lado direito esta ao nível da rua e do lado esquerdo, sobre um pedral protegido por gradil de madeira, que toma a feição de passeio. Assim, como em diversas outras edificações, o pedral na frente do prédio, destaca a construção e produz uma marcação irregular no conjunto contínuo das ruas.
A fachada principal, simples e harmoniosa, compõe-se de seis janelas de caixilho de vidro e guilhotina, três das quais encimam as portas do pavimento inferior. Todas as portas possuem vedação do tipo calha. Internamente, apresenta piso em tabuado largo e forros que se alternam entre os tipos esteira e saia-e-camisa.
A edificação apresenta cobertura em quatro águas, com beirais arrematados em cimalha e cachorros, a exemplo das edificações coloniais de Diamantina. Cunhais e enquadramento dos vãos em madeira, sendo estes, tanto externa como internamente em vergas retas.
A planta, composta por partido retangular, é acrescida de um braço na lateral direita e é formado por uma seqüência de cômodos e uma varanda interna, guarnecida de balaústres de madeira recortada, que dá para um pátio lajeado de pedra.
A solução da distribuição interna dos cômodos é bem simples, em continuidade linear, observando-se a substituição de várias paredes em taipa de sebe e de formigão por alvenaria de tijolos, fruto de restaurações ocorridas. ao longo do tempo.
Nos fundos: o córrego Tijuco
Uma das curiosidades que mais me surpreendeu durante a minha visita ao museu foi a existência de um quintal grande nos fundos, ao qual os visitantes não tínhamos acesso. Para satisfazer a minha curiosidade, procurei a ajuda do meu querido amigo Google Earth e lá descobri que o terreno e realmente enorme e possui uma área de 2.834,28 m².
A antiga residência do Padre Rolim, situada na área central, na Rua Direita, tem especial significado na estrutura urbana da cidade em função de seu amplo terreno em declive dos fundos.
Na lateral direita, estreita faixa de terreno que dá passagem ao conduto de água que abastece o antigo chafariz existente em ângulo com a edificação.
Este terreno, onde corria o córrego do Tijuco, estabelece uma clara continuidade com a quadra, determinando uma faixa horizontal e contínua ao conjunto das edificações.
Nesta área também se encontram duas minas de extração de ouro e diamantes desativadas, sendo uma delas constituída por uma galeria de túneis bem preservados, assim como no terreno passa o córrego Tijuco, que dá origem a ocupação do então distrito diamantino, sede do Arraial do Tijuco, sendo o primeiro local onde se descobriram diamantes na região.
As grupiaras formam túneis que se alongam pelos subterrâneos da cidade. Estes túneis, que também existem em outros pontos da cidade, aguçam de sobremaneira o imaginário da população local e dos turistas. É uma pena que não se tenha-se desenvolvido nenhuma estratégia para incluir este parrque á temática do museu.
Dessa maneira, compõe uma das mais amplas áreas livres do centro da cidade, oferecendo uma interrupção no aglomerado construtivo e permitindo que se destaque o ritmo escalonado dos telhados e torres das igrejas na paisagem urbana. Por outro lado, a forma de implantação do prédio é um importante exemplo das soluções típicas que determinam uma configuração urbana especial sob uma tipologia de montanha do período colonial.
O acervo fotográfico
O acervo fotográfico é composto de fotografias de personalidades de Diamantina, ruas casas e monumentos da cidade, e sobre mineração e garimpo na região.
No local, pode-se (re)viver a história da extração desta pedra preciosa. Apresentam-se, de forma cronológica, curiosidades sobre a atividade econômica além de mostrar as ferramentas que foram utilizadas pelos garimpeiros, as formas e a evolução do processo extrativo, a riqueza da Real Extração, etc.

Os registros mais famosos produzidos entre as décadas de 1910 e 1950 são do mineiro Chichico Alkmim (1886 – 1978), autodidata e pioneiro da fotografia em Diamantina. A gestão do acervo do fotógrafo, de 5.549 negativos de vidro, foi transferida para o Instituto Moreira Salles, em 2015. A obra de Chichico, que compreende imagens da arquitetura diamantinense, sua religiosidade, costumes, ritos e retratos de seus habitantes, é uma das principais referências da memória visual de Minas Gerais. Foi o mestre do fotógrafo Assis Horta (1918 – 2018), mineiro de Diamantina, que se tornou conhecido por registrar a classe trabalhadora na era Vargas.
O acervo museológico
A formação do acervo do museu também consistiu em um processo lento iniciado em 1941. Podemos inserir o Museu do Diamante dentro da categoria de museu histórico tradicional, mais com um acervo composto de objetos referentes ao cotidiano refinado das elites regionais, o Museu do Diamante pode ainda aproximar-se do modelo de museu temático, voltado para a representação da história de um grupo social (no caso, as elites coloniais mineiras), ou ainda dos museus de períodos históricos (representando o período colonial nas Minas).
O Programa de Acervos do Museu do Diamante possui 1677 peças catalogadas e 806 fotografias de ruas, casas, monumentos e de personalidades de Diamantina e sobre mineração e garimpo na região, totalizando 2485 bens culturais sendo que grande parte do acervo de objetos tridimensionais se refere a minerais, arte sacra, numismática e mobiliário.
Na segunda sala do percurso pelo museo achamos uma grande coleção de oratórios e imagens sacras que foram doadas pelas famílias católicas tradicionais de Diamantina
O museu adquire dentre outras na década de 50, por ação de Rodrigo de Mello Franco de Andrade, a Coleção Coimbra, que nos remete aos gabinetes de curiosidade da Renascença – armas, instrumentos de suplício, couro de animais selvagens como cobras e jacarés, chifres, arcada de piranha, crânio de onça, capivara e a peça que coroa esta singular coleção – uma imensa vértebra de mastodonte. Isto exemplifica como é abrangente a coleção da instituição, tanto no que concerne a temas quanto à diversidade de materiais.
A compra dos objetos pertencentes a Antônio Silva Coimbra, antiquário residente na cidade, e cuja coleção acabou por constituir o maior núcleo do acervo do Museu do Diamante.
Antônio Coimbra pretendia vender suas antiguidades ao SPHAN porque iria se mudar de Diamantina, por motivos de doença. Seguem-se algumas negociações de preço, e Coimbra acaba concordando em vender sua coleção por cinquenta mil cruzeiros (tendo pedido em um começo 150 mil cruzeiros), uma vez que seu maior desejo era que ela ficasse em Diamantina.
Um pedaço da triste história do nosso continente também é retratado com a exposição de objetos utilizados para prender e torturar as pessoas escravizadas que eram exploradas na região.
O museu contou com a colaboração de um grande número de pessoas na formação de sua coleção, através de doações ou venda de objetos. Por se tratarem de peças em sua maior parte feitas de materiais nobres, associadas a hábitos requintados e a heranças de famílias de posses, é provável que a maioria dos colaboradores fossem oriundos de famílias diamantinenses abastadas.
As famílias tradicionais da cidade, proprietárias de um acervo de obras de arte e mobiliário antigo passível de ser incorporado pelo museu, procuraram dotá-lo de uma narrativa ligada à memória das figuras ilustres da região, por meio de doações e venda de objetos à instituição. Emblemática, nesse sentido, é a doação da Coleção Vicente Torres, e condicionada à nomeação de uma das salas do museu com o nome do antigo proprietário da coleção.
A seleção criteriosa dos objetos a serem incorporados pelo acervo estava sujeita à avaliação de peritos.
O museu adquiriu peças relacionadas a nomes ilustres do passado local, como aquelas pertencentes a Antônio Torres (pai do escritor Antônio Torres), Barão de Paraúna e Nica Ferreira. Antônio Moreira da Costa (o Barão de Paraúna – 1822-1898) foi um dos homens mais ricos do norte de Minas Gerais, tendo feito fortuna a partir da mineração e comércio de diamantes. Foi também fundador do Hospital Nossa Senhora da Saúde, em Diamantina.
Além da Coleção Vicente Torres, o Museu do Diamante recebeu ainda diversas doações mais pontuais, tais como o pano de boca do antigo Teatro Santa Isabel, com pintura de inspiração neoclássica executada em 1841 e atribuída a Estanislau Antônio de Miranda. Em 1952, o Padre Gaspar Cordeiro do Couto tambem fez doações de vários objetos do século XIX.
Entre os benfeitores do Museu do Diamante, muitos eram funcionários ou colaboradores do próprio SPHAN, como João Brandão Costa, doador de um piano vertical com entalhe em marfim fabricado na Inglaterra no século XIX, que consta ter pertencido ao maestro diamantinense João Baptista de Macedo, o “Pururuca”; assim como um tamborete para piano do mesmo período.
O Monsenhor José Pedro Costa, diretor do Museu do Diamante desde sua criação até 1957, vendeu um medalhão de prata e pedras semipreciosas do século XIX, e um relicário de ouro do século XVIII. Paulo Mourão, também funcionário do SPHAN, vendeu ao Museu um castiçal de prata português, uma salva de prata e um licoreiro de cristal, todos do século XIX.
Uma coleção interessante para integrar o acervo do Museu do Diamante seria a formada por 14 esculturas pertencentes à família Pádua, tradicional clã de ourives e joalheiros de Diamantina, há cinco gerações, que foram um dos precursores da técnica de coco e ouro e da arte glíptica, técnica empregada nas referida coleção. Vale a pena a aquisição, apesar do alto valor atribuído à coleção de 14 esculturas em cristal, citrino e topázio, além dos cinzéis com ponta de diamantes brutos, buril e outros instrumentos de joalheria, além da bengala do artista, magnífico trabalho em coco e ouro, já tendo sido avaliado por técnicos do IPHAN e do IBGM (Instituto Brasileiro de Gemas e Minerais) em torno de R$ 1.380.000,00 (um milhão trezentos e oitenta mil reais).
É importante ressaltar que a unidade da coleção ainda se mantém por um apego sentimental do atual proprietário em manter estas 14 peças reunidas, assim como os objetos pessoais de seu avô. A família de alguns dos retratados, como a de João Pessoa, já ofereceram vultosas somas para que o Sr. Antônio Pádua vendesse somente uma peça, assim como a Embaixada americana (querendo adquirir a imagem de Roosevelt) e o Museu Paulista, que possui uma peça desta em seu acervo e que agora quer comprar toda a coleção. Mas sempre foi uma convicção do referido Sr. em manter estas peças na cidade de Diamantina.
Outro acervo que deve ser uma das metas do Museu do Diamante é o de propriedade do Sr. Assis Alves Horta, antigo funcionário do IPHAN na cidade de Diamantina. Sem entrar em méritos de como este Sr orquestrou a coleta de peças que forma sua coleção, o fato é que ele é possuidor de documentos únicos sobre a história e formação social do antigo arraial do Tijuco.
Dentre as peças, um daguerreótipo com a imagem de Chica da Silva, documentos assinados por ela, fotografias diversas que mostram a evolução urbana de Diamantina. Sabemos da existência deste acervo através de diversos comentários feitos por moradores da cidade, assim como pelo filho do Sr Assis Alves Horta, em uma visita ao Museu do Diamante. Parece que o filho tem uma consciência muito grande sobre a importância do acervo de seu pai, inclusive iniciou processo de catalogação do mesmo.
Muitos afirmam que o Sr Horta só passará adiante esta coleção através de um montante considerável de dinheiro (um Sr, antigo morador da cidade, afirma que a CEMIG comprou só uma foto sobre a inauguração da luz elétrica em Diamantina por R$ 40.000,00).
fonte: “MUSEU DO DIAMANTE, DIAMANTINA, MG: o projeto de construção de uma identidade nacional por meio da criação de museus em Minas Gerais pelo SPHAN nas décadas de 1940-1950, Diamantina 2016″. Tese Mestrado de Marcela Mazzilli Fassy, UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI.
fonte: “Plano museológico, Museu do Diamante”, IPHAN
Fotos: Coleção Antônio Coimbra. Março 1947. Arquivo Noronha Santos/IPHAN. Série Inventário – Diamantina, MG – Casa do Padre Rolim.
Fotos tiradas em 12/05/1958. Fotógrafo: Assis Horta. N°692. Arquivo Noronha Santos/IPHAN. Série Inventário – Diamantina, MG – Casa do Padre Rolim.
As fotografias do século XIX são de autoria de Augusto Riedel e foram produzidas durante uma expedição pelo interior do Brasil acompanhando a comitiva de D. Luis Augusto Maria Eudes de Saxe Coburgo Gotha e por seu irmão D. Luis Philippe, em 1868.
Os registros das primeiras décadas do século XX são do mineiro Chichico Alkmim (1886 – 1978), pioneiro da fotografia em Diamantina.
Registros actuales, Ignacio.
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Infelizmente em 2020 com a pandemia o mundo parou e
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