A Fundação Proa é um museu privado, dedicado a pensar e difundir a arte dos séculos XX e XXI, com foco especial em fotografia, audiovisual, design, moda, música e artes plásticas.
Inaugurada em 1996 é um centro de arte contemporânea que fica exatamente ao lado do famoso “Caminito” no bairro La Boca. O prédio – todo branco e envidraçado – foi restaurado e ampliado em 2008 com a aquisição de mais três imóveis, transformando-se em uma das grandes referências culturais de Buenos Aires.
Por trás de sua fachada, metade antiga, metade moderna, o espaço conta com quatro salas de exposições, um auditório multimídia e uma livraria com títulos muito bem selecionados. Ao todo, são três andares repletos de atividades artísticas e culturais. No último andar do museu tem um café/restaurante que dá para um terraço onde é possível experimentar uma incrível vista panorâmica do bairro La Boca.
O bairro de La Boca
O Caminito é um dos passeios mais emblemáticos e um dos atrativos imperdíveis para todos aqueles que visitam a cidade de Buenos Aires.

A escolha do bairro La Boca, um dos mais pobres da cidade, para sediar a Fundação Proa não foi aleatória. Na década de 50, um grupo de moradores decidiu restaurar os cortiços feitos com chapas de aço e suas fachadas pintados as fachadas nos mais diversos tons, transformando esta parte do bairro em um circuito cultural e turístico, transformando a região em sede de vários ateliês de arte.

A Fundação Proa é um centro de arte privado que conta com o apoio permanente da Techint, empresa líder mundial na produção de tubos pipelines no mundo, assim como uma das principais empreiteiras em refinarias e plantas petroquímicas em América do Sul. O Proa também é responsável pelo programa de cultura global da Techint que com cerca de 60.000 funcionários em todo o mundo representa o grupo industrial mais importante da Argentina.
Fundação Proa
A Fundação Proa possui 3 andares, 4 salas de exposições; uma livraria especializada em arte e cultura; um restaurante no terraço; um auditório e na frente tem uma fachada transparente, que permite a comunicação visual do interior para o bairro.

O projeto original e a direção das obras são do estudo Caruso-Torricella, em Milão, que em 1996 transformou este antigo prédio em um ponto de referência emblemático para a arte contemporânea em Buenos Aires.
No projeto de reforma do ano 2008, a ambos os lados da fachada histórica foram incorporadas duas fachadas de vidro de estilo contemporâneo. Baseia-se na integração e fusão do antigo e do novo, entre memória e tecnologia. Com a incorporação das duas casas contíguas, os espaços foram ampliados, além da inclusão de novos serviços. Esse crescimento responde ao programa de ação que a Fundação Proa realiza com sucesso há quase 25 anos, quando optou por se estabelecer em La Boca.
O prédio é o resultado de um projeto arquitetônico arrojado e ambicioso, que sintetiza uma profunda reflexão sobre os conceitos atualmente em debate sobre a ideia dos espaços artísticos e museus. O empreendimento contempla a ideia de que um centro de arte contemporâneo é um espaço de visibilidade, transparência, acessibilidade, interação com o mundo externo, um veículo vital para experimentar novas formas de comunicação e aplicar tecnologias emergentes.
A fusão do Antigo e o Contemporâneo
O projeto preserva o ponto de máxima concentração de qualidade histórica que é a casa central; por outro lado, inova radicalmente nas duas casas vizinhas, que têm um menor grau de valor histórico. A casa principal, com forma de triângulo e colunas no térreo foi respeitada ficando logo depois integrada ás ampliações nas laterais. Como as casas adjacentes eram de menor importância arquitetônica, decidiu-se expandir com uma linguagem muito mais contemporânea e moderna que permitiu que a fachada antiga seja integrada como se fosse parte de um mesmo edifício, usando a fachada histórica como um dos elementos de uma fachada total que é absolutamente contemporânea. Isto resulta numa leitura interessante sobre o uso da história, onde nem tudo é pura conservação.


O estudo de arquitetura foi fundado em 1993 por Giuseppe Caruso (1953) e Agata Torricella (1955), amos os dois estudaram no Politécnico de Milão. Desde o início, Caruso se dedicou à restauração de antigos edifícios agroindustriais, a maioria deles para artistas e colecionadores de arte. Agata Torricella obteve um mestrado em Desenho Industrial e iniciou sua carreira organizando exposições de arte. A atividade do estudo se concentra essencialmente em dois temas: fábricas, escritórios e locais de trabalho e museus, criados para clientes públicos e privados em diferentes partes do mundo (Europa, América do Norte, América Central, América do Sul e China).
Continua explicando Caruso: “No edifício Proa, a estrutura habitacional, o pátio e o espaço aberto do armazém e deposito que operavam no térreo. É uma circunstância que polemiza a maneira de entender a conservação que prioriza apenas só as fachadas. Na realidade, um edifício histórico sobrevive se todos os seus aspectos fundamentais forem preservados: seus pátios, seus interiores. Por exemplo, hoje existe uma tendência de cobrir todos os pátios de museus e grandes edifícios com vidro. Esta é uma transformação muito forte da percepção do edifício antigo. Você perde um aspecto físico e sensorial ligado ao ar livre. Penso que preservar as fachadas e perder toda a riqueza interior do edifício é um erro”.
Segundo Giuseppe Caruso, o novo edifício se integra ao estilo arquitetônico que é tão característico do bairro de La Boca, pelo contraste: “Eu não acho que uma integração necessariamente precise ser feita por meio de linguagens comuns. Pode ser bem integrado se os elementos forem coerentes e se forem bons em si mesmos. Parece-me que o que fizemos se integra bem, sem tentar imitar uma linguagem de outros tempos”, afirma Giuseppe Caruso.
Salas de exibição
A Fundação Proa não tem coleção ou acervo permanente. Com um programa anual de exposições temporárias e a organização de seminários, cursos, conferências e concertos o convite sempre se renova. Sua programação se concentra na disseminação dos grandes movimentos artísticos contemporâneos dos séculos XX e XXI, incluindo uma diversidade de propostas atuais, como fotografia, vídeo, design, música eletrônica, etc.
A fundação, mantida pelo grupo Techint, já recebeu mostras internacionais importantes, entre elas do inglês Jeremy Deller, do famoso artista brasileiro Cândido Portinari e do australiano Ron Mueck.
A fundação realiza uma intensa atividade com a comunidade por meio de sua equipe de educação, integrando as atividades da instituição com escolas e entidades educacionais da região.
O principal objetivo do museu é oferecer ao visitante múltiplos acessos às práticas artísticas e culturais contemporâneas, a fim de conseguir reflexões críticas. Foi pensado como um espaço para projetar, implementar, documentar e refletir sobre plataformas de pesquisa e experimentação em práticas educacionais e artísticas.
Embora o restante das salas esteja ocupado com outras atividades, é possível acessar exclusivamente o auditório, o restaurante e a livraria.
Livraria
Inspirado nas bibliotecas antigas, altas e silenciosas, com peças especialmente escolhidas para colaborar com a divulgação de arte e letras, seu catálogo editorial está disponível para o público; com coleções especializadas em arte contemporânea latino-americana; com uma seleção cuidadosa de poesia e literatura argentina contemporâneas; com livros de design, arquitetura, moda, cinema e fotografia.

Foi projetada a partir de dois níveis de altura e áreas diferentes. No nível inferior, existe a área de venda de livros e mesas com computadores com internet wi-fi, onde é possível consultar no site da própria fundação materiais específicos sobre arte contemporânea.
Auditório
Com o objetivo de ampliar seus espaços para eventos, a Fundação Proa incorpora um auditório, que abre o diálogo do artístico para outros circuitos e se torna uma área de reflexão e treinamento. O programa de atividades do auditório é desenvolvido independentemente das exposições temporárias. O programa inclui cinema, vídeo, instalações, dança, performances e música ao vivo, além de conferências, seminários, cursos, ciclos didáticos e de debate.
Com capacidade para 100 pessoas, cada poltrona no auditório possui acesso Wi-Fi à Internet, uma conexão elétrica e uma mesa dobrável que permite localizar um computador ou para tomar notas, um local especialmente escolhido para torná-lo um ambiente acadêmico. O auditório é otimizado com a acústica necessária para organizar shows de alta qualidade sonora e possui uma estrutura de luzes e equipamentos para performances.
O terraço incorpora uma cafeteria-restaurante, de onde você pode ver uma das paisagens mais extraordinárias de La Boca, a Vuelta de Rocha e o famoso Puente Trasbordador (existem apenas 8 desse tipo em todo o mundo), que já faz parte da história da arte argentina graças às obras de Fortunato Lacámera, Víctor Cúnsolo e Benito Quinquela Martín, entre outros artistas.
Nova marca
12 anos após sua criação, a Fundação PROA repensou sua imagem. Para atingir esse objetivo, foram observadas e estudadas imagens de instituições culturais relacionadas às ideias do Proa, como a Galeria Whitechapel, a Fundação Cartier, a Moderna Musset, o Museu Stedelijk e o ICA Boston, entre outras.
Tony Brook, diretor criativo do estúdio de design Spin de Londres, apresentou uma proposta de trabalho muito estimulante que permitiu que os dois países trabalhassem juntos, via videoconferência e e-mail durante os 10 meses em que o processo de criação durou.
O processo de trabalho incluiu quatro etapas:
1_ Na etapa de coleta de informações, o Proa preparou um levantamento setorial e hierárquico da cidade, que incluiu mais de 800 imagens, vídeos e textos específicos sobre a história do Proa e La Boca, a cidade de Buenos Aires e outras instituições culturais. Tudo isso foi matéria-prima para o subsequente desenvolvimento da identidade do museu.
2_ A primeira apresentação criativa de Spin, que lhe permitiu escolher entre sete propostas de rotas conceituais para continuar pesquisando.
3_ Uma segunda apresentação criativa, onde a identidade começou a ter uma estrutura mais concreta.
4_ A apresentação final das diretrizes criativas e o treinamento das equipes de trabalho locais. As etapas culminaram com um momento de revisão das primeiras peças produzidas, com o objetivo de fazer os ajustes necessários. O processo de criação da nova marca foi dinâmico e estimulante, e a troca permitiu que a Spin também se envolvesse na arte gráfica da exposição, no design da fachada do novo prédio e na comunicação visual do Proa inserida na cidade.
fonte:
- http://proa.org/esp/
- https://turismo.buenosaires.gob.ar/
- http://www.caruso-torricella-architetti.com/mobile/Credits.aspx
- https://spin.co.uk/work/spin-360
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