Em 4 de maio de 1879, a pedra fundamental do novo templo foi lançada. O risco esteve a cargo dos arquitetos italianos Benito Panunzi e Emilio Lombardo. A construção foi executada pelos arquitetos Andrés Simonazzi e Tomás Allegrini.
Em 18 de fevereiro de 1883, após 3 anos e 9 meses, foi inaugurada a atual Igreja de San José de Flores. A rápida conclusão da obra foi produto da eficiente ação da comissão encarregada de arrecadar fundos, composta por membros de famílias mais abastadas do bairro de Flores.
Historia do Templo
A primitiva capela (posteriormente Igreja de San José de Flores) e a praça foram o núcleo em torno do qual começou a crescer a cidade. Um primeiro templo precário de adobe, madeira e palha duraram apenas alguns anos.

O autor dos planos da primeira igreja foi o engenheiro Felipe Senillosa. A igreja foi inaugurada em 11 de dezembro de 1831 com festas populares que duraram toda a semana, embora o pórtico e a segunda torre foram concluídos em 1833. Este antigo templo infelizmente se deteriora progressivamente apesar das constantes reparações e por sua vez, começa a ser insuficiente para a população crescente no bairro de Flores.
Em 4 de maio de 1879, a pedra fundamental do novo templo foi lançada, sendo os padrinhos o banqueiro José de Carabassa y Dolores Nonel de Parravichini. Quase dois meses depois, em 23 de julho de 1879, os arquitetos italianos Benito Panunzi e Emilio Lombardo, encarregados da obra, concluíram a planta, assentando os primeiros tijolos do atual templo. A construção foi executada pelos arquitetos Andrés Simonazzi e Tomás Allegrini.
Em 18 de fevereiro de 1883, após 3 anos e 9 meses, foi inaugurada a atual Igreja de San José de Flores. A rápida conclusão da obra foi produto da ação da comissão encarregada de arrecadar fundos, composta por membros de famílias afastadas da época.
A nave
A planta da basílica com monumentais colunas coríntias apresenta abóbada de cañon corrido na nave central decorada por grande medalhão alegórico com cariátides nas lunetas.
Desde o momento da construção, quase todas as famílias do bairro contribuíram com doações regulares de importância, destacando-se as famílias: Dorrego, Ortiz Basualdo, Parravichini, Carabassa, Diaz Velez, Marcó del Pont.

Os que limitam a nave central têm os seguintes nomes: Ana Barton de Torres, Marco del Pont, Félix Urquiola, Clementina Mecks de Forrester, etc. Nas colunas adosadas à direita da nave: Solana Peralta de Victoria, Joaquina Oroño de Salas, José Maria Rojas. Quanto aquelas existentes do lado esquerdo da nave, encontramos: Juana Monasterio de Peña, Ventura Reynolds de Newton, Victoria Marull de Romero, etc.
A decoração interior barroca foi realizada entre 1912 e 1915 a partir da sua designação como Basílica Menor, enquanto em 1929 foram acrescentados nicho e altos-relevos ilustrando o Talher de Nazaré e a Morte de São José nas portas da frente, bem como frisos de guirlanda e as estátuas de São Pedro, São Paulo e os Evangelistas.
As naves laterais têm tetos planos que são interrompidos no transepto como suporte estrutural da cúpula com tribunas e passagens abobadadas que conduzem aos altares do Calvário e de Santa Teresa e do Camarin de San Jose.
A cúpula
Ao longo da sua história, a igreja foi vendendo os terrenos circundantes, ficando atualmente comprimida entre dois becos e rodeada de edifícios altos que dificultam a sua visibilidade. O único ponto de visão exterior para conseguir apreciar a grande cúpula pode ser visto através desde este beco na lateral.
Entre a própria cúpula e os elementos de transição (pechinas), interpõe-se um alto tambor cilíndrico (cimborrio), perfurado com amplas janelas que permitem iluminar o espaço interior. A iluminação é também complementada por uma lanterna superior, visível do exterior como elemento de coroamento formal do conjunto.
A cúpula, executada com esmero e elegância, é limitada por paredes e tribunas de onde é possível dominar toda a visual da igreja.
A abóbada esta pintada com uma série de frescos em seus quatro pontos de apoio com imagens de quatro apóstolos pregando o Evangelho. Essas pinturas foram executadas por José Resta, bem como todas as outras decorações do templo.
Altar mor
A imagem de São José que preside o altar-mor foi uma doação da Sra. Clementina Meeks de Forrester para o templo inaugurado em 1883. Os jornais da época contam que no dia da bênção do novo templo, esta imagem estava em local de destaque, nova e marcante, na parede dos fundos do presbitério, onde ainda não havia sido construído o retábulo-mor. É uma bela talha em madeira, maior que o tamanho natural.
Esta imagem presidiu a todas as datas jubilosas destacadas da igreja: a bênção do novo templo, o centenário de 1906, as celebrações da elevação à Basílica em 1912, a consagração do templo em 1916, os Tedeums comemorativos de datas patrióticas, o sesquicentenário da igreja em 1956, e foi baixado de seu assento de honra para ser coroado com “diadema de ouro” no domingo, 28 de outubro de 1956, por privilégio especial do Papa Pio XII.
É uma verdadeira obra de arte, confeccionada em madeira finamente estucada e listrada horizontalmente para realçar a policromia, e o dourado dos mantos “a la italiana”. A vara, que ele carrega como um cetro na mão direita é de prata e é uma doação da Sra. Matilde G. De Zavala e filha, em memória do marido, Manuel Zavala, foi confeccionado na joalheria Carassale, assim como os halos de prata que levaram a imagem em sua coroação pontifícia.
Altares laterais
Entre os altares laterais estão os dedicados à Imaculada Conceição, Santo Antônio e Perpétuo Socorro com detalhes de querubins e imagens de São Lázaro. Destacam-se também o altar do Calvário, Santa Teresa, Virgem del Carmen e a Virgem de Lujan.
Órgão
No coro, emoldurado por um grande arco semicircular e coroado com o escudo nacional argentino está o órgão com 2 teclados manuais, pedaleira, 25 registros, 1.200 tubos, sistema pneumático.
Ele vem da oficina de construção de órgãos em Pfedelbach, Alemanha, fundada por Martin Andreas Laukhuff em 1823, que descobre sua profissão e trabalha com Eberhard Friedrich Walcker. Após sua morte em 1871, seu filho mais velho, August Laukhuff, assumiu a empresa e deu a ela seu nome e caráter que perduram até hoje.
Em 1992, foi realizada uma série de reparos, entre eles, trocadas as membranas do órgão, peças muito importantes para o bom funcionamento dos tubos; sendo os melhores aqueles feitos de pele de gazela, pois é muito flexível e permanece por muito tempo sem se deteriorar ou rachar. Por se tratar de um Órgão Histórico, foi declarado “Bem do Patrimônio Cultural da Cidade Autônoma de Buenos Aires”, pela lei nº 5.808, promulgada em 4 de maio de 2017.
fonte:
- http://patrimonio.com.ar/organos/detalle/organo-de-la-basilica-de-san-jose-de-flores/7
- www.barriada.com.ar/la-avenida-cnel-roca-un-antiguo-camino-real-en-el-banado-de-flores-desde-la-fundacion-de-la-ciudad-a-1900-por-jorge-resnik/
- Avellaneda, Luis. La casa de San José y el centenario de la Basílica
- San José de Flores (Bosquejo Histórico): 1609-1906 – Cárbia, Rómulo D